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Numa noite de outono
No meio de um sono
Tive um sonho alvissareiro,
Reaparecia no Calçadão
Com sua pastinha na mão
O Paulinho Bilheteiro.
Parecia uma miragem
Aquela bonita imagem
Do Paulinho pelo centro,
E as pessoas, em piquete,
Compravam seus bilhetes
Eufóricas com o momento.
Como simpática criatura
Aquele homem miniatura
Na multidão circulava,
Com pernas de cowboy
Quase como um herói
A todos acarinhava.
Felizes em reencontrá-lo
Muitos queriam abraçá-lo
Na entrada da Galeria Chami,
E sua inesperada visita
Tumultuou a "Boca Maldita"
Causando um grande frenesi.
Por sua história de vida
E por ser figura querida
Fizeram-lhe um clamor,
Que, em prol da população,
Aceitasse a decisão
De concorrer a vereador.
Atendendo aos pedidos
Acabou sendo convencido
De disputar a eleição,
E, ao final daquele pleito,
O Paulinho saiu eleito
Com expressiva votação.
No seu primeiro mandato
Foi um político sensato
Esforçado e muito atento,
Fez jus aos votos recebidos
Com trabalho reconhecido
Por todos no Parlamento.
Mas o feito mais marcante
Daquele pequeno gigante
Foi um projeto excepcional,
Nele, todo o povo ganharia
O primeiro prêmio da loteria
Da Caixa Econômica Federal.
Assim, os outros vinte edis
De maneira muito feliz
Aprovaram o tal projeto,
Que, remetido à Prefeitura,
Depois de profunda leitura
Não recebeu nenhum veto.
Após cumprir sua missão
Com o povo deste chão
Ergueu a todos o seu chapéu,
Deu adeus a Santa Maria
E partiu com muita alegria
De retorno para o céu.